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Como os médicos calculam a probabilidade clínica de um paciente ser portador de trombose venosa profunda?

O diagnóstico da trombose venosa profunda (TVP) é extremamente desafiador quando utilizamos somente critérios de história clínica (sintomas) e exame físico (sinais).

Estima-se que o diagnóstico clínico, sem auxílio de métodos diagnósticos, possa estar errado em 50% das vezes. Isso é um problema considerando que para um médico generalista, essa porcentagem possa ser até maior.

Para diminuir o risco de um diagnóstico errado de TVP, um grupo de pesquisadores Canadenses e Ingleses publicou no New England Journal of Medicine um artigo onde propuseram um modelo de previsão clínica do risco de trombose.

Naquele estudo, os pacientes ambulatoriais com suspeita de trombose venosa profunda de membros inferiores eram potencialmente elegíveis para participar. Eles então usaram um modelo clínico onde os médicos avaliaram os pacientes e os classificaram como:

  • baixa probabilidade de ter trombose venosa profunda;
  • probabilidade intermediária de ter TVP ou;
  • alta probabilidade de ter trombose venosa.

Os pacientes foram então designados aleatoriamente para se submeterem apenas a um exame de ultrassom-Doppler (grupo controle), ou para se submeterem ao exame de sangue para detecção e quantificação do Dímero D e também o ultrassom-Doppler (os dois exames).

Ao final do processo de estudo, tendo o diagnóstico definitivo com o ultrassom-Doppler, poderiam avaliar quais daqueles sintomas e sinais apresentados pelos pacientes ofereciam maior ou menor probabilidade de serem compatíveis com diagnóstico de trombose venosa profunda.

Esse modelo tem sido reproduzido por médicos em todo o mundo e ajudou muito a proporcionar um raciocínio clínico lógico que ajuda a afastar, e mais importante, confirmar a presença de uma trombose venosa.

Abaixo você poderá entender como esse modelo de previsão clínica funciona, fazendo o teste que foi aplicado pelos pesquisadores e que é utilizado por nós no dia-a-dia da prática vascular.

Lembre-se que esse teste isoladamente não define nem afasta a TVP mas orienta quem o realiza a seguir um ordenamento nos passos a seguir na investigação clínica da trombose venosa profunda. Apesar de muito útil para triagem, isoladamente não tem valor.

De acordo com o resultado do teste de predição clínica, é necessário ou não realizar o exame de Dímero D e/ou a ultrassonografia-Doppler venosa que, em última instância é o exame que confirma ou afasta a TVP.

Caso o seu teste dê de moderada ou alta probabilidade, é interessante que procure ajuda com um médico angiologista ou cirurgião vascular. Caso não seja possível ser avaliada(o) por um especialista, procure um médico clínico para uma consulta.

Escore Clínico Modificado de Wellls – Calculadora de Predição Clínica de Trombose Venosa Profunda

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