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No dia 16 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Trombose. Essa campanha foi instituída pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e os profissionais dessa clínica se comprometem a repercuti-la.
Apesar de muito temida, a palavra trombose traz muitas dúvidas às pessoas. Desta forma, fiz um pequeno tópico de perguntas frequentes sobre o tema.
  • O que é a trombose?

    • De uma forma muito simples, a trombose é a coagulação do sangue dentro do vaso sanguíneo. Em condições normais, o sangue tem que estar em movimento dentro das artérias e veias para continuar fluido (líquido). O sangue possui substâncias coagulantes e anticoagulantes que se equilibram e evitam que hajam hemorragias (fatores coagulantes) ou tromboses (fatores anticoagulantes) espontaneamente. Esse equilíbrio chama-se hemostasia.  Se ocorre uma estagnação do fluxo, se há uma lesão na parede do vaso sanguíneo ou se há uma alteração nos constituintes do sangue pode ocorrer a fomação de um trombo (coágulo).
  • Existe diferença entre trombose venosa e trombose arterial?

    • Quando o coágulo de forma dentro da artéria, caracteriza a trombose arterial que leva a sintomas diversos aos da trombose venosa (coágulo na veia). Como as artérias irrigam os tecidos do corpo, se há obstrução arterial, os sintomas são de privação de sangue, com dor, palidez e frialdade. Já as veias drenam o sangue; sua obstrução leva a sintomas de represamento do sangue. Considerando o membro inferior como exemplo, na trombose venosa a perna ficaria inchada, vermelha, quente e dolorida.
  • Quais são as causas da trombose venosa?

    • É mais fácil explicar em termos de fatores desencadeadores de trombose venosa que propriamente em causas.
    • Existem pessoas que podem ser possuidoras de anomalias genéticas (trombofilias hereditárias) que favorecem com que os fatores coagulantes do sangue sobressaiam e quebrem o equilíbrio, favorecendo a trombose espontânea do sangue. Essa pessoas tem maior chance de ter trombose venosa.
    • Existem situações em que os fatores coagulantes do sangue aumentam em resposta a algum estímulo, seja ele ambiental (como a falta grave de determinadas vitaminas ou uso de determinadas medicações ) ou endógeno (como por exemplo algumas doenças imunológicas ou em decorrências de traumas)
    • Em outras ocasiões, a estagnação do sangue venoso pode levar à formação de trombos. Isso pode ocorrer em pessoas cronicamente imobilizadas (pacientes com sequelas neurológicas, com fraturas que necessitem repouso prolongado, pacientes graves internados por longos períodos, vôos prolongados).
    • No entanto, na maioria das vezes a trombose é desencadeada por mais de um daqueles fatores descritos no ítem 1.
      • Estagnação do sangue + lesão da parede do vaso. Exemplos: varizes de grosso calibre, trombose venosa em politraumatizados e pós-operatórios de cirurgias ortopédicas.
      • Estagnação do sangue + fatores trombóticos. Exemplos: trombose venosa na gestação e puerpério, tumores.
      • Fatores trombóticos + lesão da parede vascular + estagnação do sangue: Exemplos: Grandes queimados, pacientes sépticos, tumores, trombose venosa prévia.
  • E o diagnóstico da trombose venosa? Como é feito?

    • Pacientes com uma história clínica sugestiva de trombose venosa devem realizar exames complementares para confirmação diagnóstica. O exame clínico isoladamente é incapaz de definir o diagnóstico de trombose venosa em 50% dos casos. Existe um exame de sangue que permite, na grande maioria dos casos, afastar o diagnóstico de trombose venosa, quando seu resultado é negativo. Entretanto quando é positivo, outras condiçõe podem alterá-lo.
    • O ultrassom com Doppler colorido é o método diagnóstico mais disponível e com grande confiabilidade e é o que se usa com mais frequência.
      Ultrassom Doppler colorido - Trombose de veia femoral

      Ultrassom Doppler colorido – trombose de veia femoral

    • Outros exames como a flebografia, angiotomografia e angioressonância também apresentam excelente capacidade diagnóstica mas não são tão disponíveis que o ultrassom Doppler, aém de usarem contraste e devem se reservados para situações de tromboses de difícil localização ou de dúvida ao ultrassom Doppler.
  • O que é a embolia pulmonar

    • As veias periféricas do corpo vão se juntando até formar duas garndes veias que desaguam no coração (as veias cavas inferior e superior). Todo sangue venoso vai acabar chegando no coração (no átrio direito)  pelas veias cavas. Do átrio, passa para o ventrículo direito e daí é bombeado para o pulmão pelas artérias pulmonares para serem oxigenados. Caso haja um trombo na circulação venosa e ele se fragmentar formando um êmbolo, pode acabar parando em uma artéria pulmonar, obstruindo a circulação do pulmão e impedindo a oxigenação do sangue. Isso é a embolia pulmonar. Dependdendo do tamanho do êmbolo (fragmento do trombo) pode obstruir maiores ou menores artérias e disso decorrerá a manifestação clínica. A embolia pulmonar pode ser assintomática, produzir dor torácica e falta de ar ou ser fatal, na dependência de quantas artérias ou do tamanho das artérias que o êmbolo ocluir.
  • Como previnir a trombose venosa?

    • Em grande parte, a prevenção da trombose venosa depende da orientação do seu médico. Como descrito acima, estamos expostos a situações e fatores de risco em grande parte de nossas vidas, seja por um problema genético (trombofilia hereditária), seja por medicamenteos que precisamos usar ou cirurgia que precisamos nos submeter. Até mesmo situações normais na vida de uma pessoa, como a gestação e o puerpério (período pós-parto até o retorno do organismo da mulher à condição prévia à gestação), aumentam o risco de trombose venosa. Portanto, campanhas como essa, promovida pela SBACV e encampada por nossa clínica e nossos profissionais, servem para conscientizar que o risco está aí e precisa ser entendido pelo profissional de saúde e pelo paciente.

 

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