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A escleroterapia de varizes com espuma é muito parecida, em termos de procedimento em si, com a escleroterapia convencional, exceto pelo fato de que a medicação é injetada na forma de um “mousse” ou “espuma”. Esta espuma é obtida a partir de alguns medicamentos que também são usados pela escleroterapia tradicional. É uma classe de medicamentos chamada de “detergentes” pois agem na gordura da parede das células das varizes. Na nossa clínica utilizamos o polidocanol em concentrações variáveis para tratar tais varizes e vasinhos. A espuma é obtida pela mistura do produto com ar ambiente ou oxigênio + gás carbônico, através de duas seringas conectadas com uma pequena torneira entre elas.

Vantagens da escleroterapia com espuma

A grande vantagem da escleroterapia com espuma em relação ao método convencional é o seu melhor efeito em vasinhos de maior calibre e varizes. A espuma, por ser mais densa, “empurra” o sangue ocupando todo o volume das varizes sem que haja muita diluição da substância esclerosante pelo sangue. Desta forma a penetração e ação da substância na parede vascular das varizes é maior, melhorando o efeito da secagem dos vasos. Até as veias safenas podem ser tatadas desta forma em casos selecionados após criteriosa avaliação clínica e com o Doppler venoso. No tratamento das varizes maiores, sua vantagem é que o tratamento é totalmente ambulatorial. O paciente faz o procedimento e volta para suas atividades habituais, sem a necessidade de repouso ou afastamento profissional prolongado.

Desvantagens da escleroterapia com espuma

Um potencial problema desta técnica é a maior chance de manchas residuais após as varizes secarem. Este problema não é tão frequente quando a esclerose é realizada em vasinhos e pequenas microvarizes, entretanto é bastante frequente em veias mais calibrosas (maiores). É certo que grande parte dessas manchas escuras desaparecerão com o tempo, mas ainda assim algumas podem permanecer. Uma outra desvantagem potencial é a durabilidade do resultado obtido. Sabe-se que varizes de maior tamanho frequentemente recanalizam após alguns meses ou anos, voltando a aparecer nos mesmos locais tratados. Aqui é importante diferenciar do resultado do tratamento em vasinhos. Quando se trata varizes de maior tamanho, a espessura de parede vascular que a espuma tem que penetrar e fazer seu efeito é muito maior. Nos vasinhos e microvarizes, a parede vascular é infinitamente mais fina e o resultado local de longo prazo é mais sustentável.

Cuidados técnicos na realização da escleroterapia (aplicação) de varizes com espuma:

  • o volume de espuma injetada nas varizes deve ser observado com muito cuidado;
  • o tratamento de varizes mais calibrosas e das veias safenas deve ser realizado com o auxílio do ultra-som Doppler (veja o filme acima), para ter certeza que a injeção está sendo feita dentro da veia;
  • o método tem seus riscos potenciais maiores que a aplicação (escleroterapia) convencional e seu uso tem que ser muito bem pesado entre os riscos e os benefícios;
  • não é um método que substitua a cirurgia ou a esclerose convencional de varizes; tem suas aplicações específicas e o cirurgião vascular vai definir se é o método adequado para cada caso;
  • a compressão elástica é fundamental para o sucesso após o procedimento de escleroterapia com espuma;
  • como qualquer método de tratamento vascular, deve ser realizado por médico angiologista e/ou cirurgião vascular com experiência no tratamento das varizes e que esteja familiarizado com o procedimento.

A esclerose com espuma é um procedimento que quando bem indicado, bem executado e bem acompanhado é uma excelente ferramenta no tratamento de vasinhos e varizes, contudo, não é uma técnica que veio substituir outras, mas sim agregar ao arsenal de tratamento da doença varicosa.

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